"O falecimento do professor Paquete de Oliveira, nosso presidente do Conselho Geral apanhou-nos a todos de surpresa, apesar do seu estado de doença nos últimos tempos, mas na verdade as coisas apressaram-se, e portanto hoje tivemos que formalmente resolver a situação da presidência deste órgão", explica Joaquim Lima. "Tentarei cumprir com as minhas responsabilidades com muito orgulho e satisfação até ao final deste mandato, que também é um mandato curto porque estamos a falar de um período de tempo que estava em falta", acrescenta.

O novo responsável pelo Conselho Geral mostra-se satisfeito por este voto de confiança que lhe foi atribuído pelos seus pares. "Foi com muito agrado que recebi esta perspetiva dos colegas entenderem que eu estaria em condições para assumir esta responsabilidade. Este Conselho Geral é um órgão onde todos têm a mesma posição e responsabilidade, simplesmente cabe ao presidente conduzir um pouco os trabalhos, e obviamente que em termos pessoais é um reconhecimento da confiança, fico contente e satisfeito por esta eleição", confessa.

No decorrer da última reunião foram também analisadas e aprovadas algumas alterações ao regulamento do Conselho Geral, mais especificamente no que diz respeito ao Regimento dos Estatutos e do Regulamento Eleitoral. Sobre este assunto, Joaquim Lima destaca que as modificações introduzidas não comprometem o conteúdo original do documento e vêm especificar as responsabilidades inerentes a este órgão e aumentar o nível de participação de todos os agentes da universidade no Regulamento Eleitoral do CG.

"No geral, o regulamento continua igual ao que existia quase desde há dez anos. O que se fez foi algumas afinações no sentido de alargar um pouco o âmbito de responsabilidade deste órgão, não a alterando, mas especificando melhor o sentido que tem. Ao nível eleitoral as alterações que se fizeram foi a capacidade de todos os agentes da universidade poderem participar por exemplo no Regulamento Eleitoral do Conselho Geral e, portanto, foram alterações de pormenor, mas que permitiram fazer com que todos, quer professores, investigadores, pessoal não docente pudessem participar de uma forma mais representativa de todos os agentes da universidade", esclarece.

Em discussão esteve ainda a reflexão nacional sobre a gestão e financiamento das instituições de ensino superior públicas, análise esta que tem sido promovida pelo governo em conjunto com as várias universidades no sentido de encontrar soluções para a problemática do subfinanciamento. "Há uma redução do orçamento em termos gerais, sobretudo nalgumas universidades, em que se vive o drama da falta de orçamento para fazer face à despesa regular das universidades e portanto o que se esteve a fazer foi uma reflexão e ter conhecimento face àquilo que tem sido a reflexão que junta o Ministério com todas as universidades públicas para saber como é que esta situação pode ser resolvida", revela.

No caso concreto da UBI, o atual líder do Conselho Geral sublinha que a universidade tem sido um exemplo de boas práticas de gestão, continuando a acompanhar com especial atenção esta questão. "A Universidade da Beira Interior felizmente tem sido sempre bastante prudente na gestão, quer ao nível da receita, quer no ponto de vista da despesa e, portanto, é uma universidade que tem as contas muito bem organizadas, mas vê com preocupação que o futuro possa alterar um pouco este pressuposto e portanto quando se fala de subfinanciamento do ensino público a UBI tem um olhar atento sobre esta realidade, no sentido de se antecipar em cenários", conclui.

De resto, a posição anteriormente ocupada por Joaquim Lima foi agora preenchida por Henrique Monteiro, sob proposta do próprio responsável do Conselho Geral. Joaquim Lima é licenciado em Sociologia pela UBI e tem desenvolvido um percurso profissional na área da indústria corticeira. Por sua vez, Henrique Monteiro possui um trajeto ligado ao mundo do jornalismo.